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01-04-2003

Negócio da China


Mamarrosa

“Negócio da China... na Mamarrosa” Andamos todos muito ocupados. A lufa-lufa do dia-a-dia faz-nos muitas vezes passar ao lado de assuntos que mereciam da nossa parte um pouco de reflexão. Mas, enfim... é a onda do “ai que não tenho tempo!” Mas, por vezes, há coisas que têm que nos sacudir e tirar dessa rotina, pois merecem de nós, pelo menos, uma referência, uma atenção, que é aquilo o que no mínimo devemos fazer. E é o caso. 350 m2 por um euro! De terreno indispensável ao alargamento do parque de merendas, junto à piscina da Mamarrosa. Um negócio da China?! Não, não foi um negócio da China. Foi sim um gesto que devia envergonhar muitos que, detentores de tantos bens, não são capazes, às vezes, de dispensar um metro para beneficiar a comunidade. Num tempo em que tantos regateiam uma nesga de terra a favor do bem comum, que chapam muros e casas quase no meio da estrada, aliás, supomos que os não edificam mesmo no eixo da via porque dava muito nas vistas e a lei impunha-se. Pois, neste mesmo nosso tempo, há quem, numa atitude de desprendimento, generosidade e amor à sua terra, lhe venda por um euro um bocado significativo do seu próprio aido. E é bom que se saiba bem de quem se trata: de uma pessoa de origem modesta, de magras heranças, mas que, tem, sim, granjeado fortuna, à custa da sua inteligência e trabalho honesto e abnegado, em terras de França - o senhor Francisco Santos, oriundo ali da rua da Senhora da Graça, Mamarrosa, sobrinho do senhor Francisco da Paula Forte e filho da senhora D. Rosa dos Santos, viúva. Aliás, todos aqueles que da Mamartrosa se têm deslocado a França aquando das digressões por este país, dos Ranchos Folclóricos, da Adasma ou de qualquer outra Associação - este senhor Francisco, o “Chico” como é cordialmente conhecido - chega a percorrer centenas de quilómetros para, de braços abertos, vir receber os seus conterrâneos e com eles confraternizar, pondo-se, de imediato, à inteira disposição de todos para o que for necessário. Uma alma de eleição, um grande homem e um exemplo a apontar. De que vale ao homem tanta ambição?! Todos aqueles que constantemente acompanhamos à última morada, nada levam consigo. Os descendentes que cá ficam e que decerto continuam na mesma sofreguidão pelo dinheiro, na desmedida ganância “do ter cada vez mais”, também, por vezes, nada agradecem aos pais que, não raro, conseguem amealhar os seus tostões (ou cêntimos) à custa de tormentos de tanta privação, de tanta poupança e mesquinhez... Lá diz o Mestre no Evangelho: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?” Ou, então, aquelas lindas e singelas palavras de Jesus: “Olhai os lírios do campo... Não semeiam, não colhem, não fiam e nem Salomão em toda a sua grandeza se vestiu como um deles!” Para quê criar problemas em vez de os ajudar a resolver? Estamos de tal modo habituados a procederes negativos que, quando aparece uma pessoa, ainda por cima, com um certo sentido de humor e boa disposição, alegre, aberta e que brinca com a transacção do seu valioso donativo, até achamos, então, que é “um negócio da China”. Quem vendeu 350 m2 de terreno por um euro, sabia bem o seu real valor. Fê-lo porque quis, bem consciente, do acto que praticava e das razões que o levavam a praticá-lo. Merece o nosso aplauso e os nossos parabéns. Rosinda de Oliveira

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